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Concurso de Escrita Criativa - vencedores

Na edição do Concurso de Escrita Criativa 2017 participaram 2 escolas do Pré-Escolar, 19 alunos do 1º ciclo, 3 alunos do 2º ciclo e 1 aluno do 3º ciclo.
Efetuada a avaliação pelo júri do concurso, apuraram-se apenas vencedores nas categorias do Pré-escolar de do 1º Ciclo. Eis os trabalhos dos alunos premiados.
 
 
Jardim de Infância de Tarouquela  - categoria Pré-Escolar
 
Uma aventura daquelas
 
Vivemos uma grande aventura, na visita que fizemos hoje à Biblioteca, que não posso deixar de vos contar:
Entramos de manhã, a pares e em fila, a professora ia na frente, a sala era muito grande e havia muitos livros.
Quando todo o grupo entrou, largamos as mãos e andamos livremente.
 
 
Alguns dos nossos amigos tiravam livros daquelas estantes e entusiasmados abriam e folheavam-nos.
A um canto, junto das coleções infantis, estava o Duarte, o menino mais novo da nossa sala. De repente ouviu-se um grito estrondoso:
- Aiiiii! Eu vi, eu vi, ele saltou desta história. Era o lobo mau...
 
Aproximamo-nos e espantados vimos o lobo a tentar esconder-se atrás de um sofá. De vez em quando espreitava com ar de assustado.
O Duarte aproximou-se muito devagar e pediu ao lobo:
- Dás-me um croissant? Se faz favor?
O lobo estendeu a pata e pediu um passou-bem.
Então o Duarte, como menino educado, retribui-lhe o cumprimento.
- Um croissant não te poderei dar, mas a minha amizade sim.
- Ah! Mas tu não és um animal perigoso? Perguntou o Duarte.
- Não, não, aí está. Foi por isso que decidi saltar da história, estava muito triste por fazer sempre de mau nas histórias, na verdade eu sou inofensivo, não faço mal a ninguém e muito menos às crianças.
 
O grupo das crianças e a professora aproximaram-se do Duarte e do lobo.
O lobo continuou:
- Quero dizer-vos que o lobo mau das histórias é só imaginação... eu sou amigo. Comecei a ficar cansado de pensarem que os lobos são animais perigosos.
 Queria pedir-vos que vocês tentassem mudar as histórias e enquanto isso não acontecer gostaria muito que me deixassem livre, quero passear e conhecer mais meninos como vocês.
O Duarte olhou para a professora e para os amigos e disse:
- Acho que é uma boa ideia, afinal o lobo tem toda a razão, se ele é amigo não o podem colocar nas histórias como sendo um animal perigoso e que come crianças. Deixá-lo livre é o mínimo que podemos fazer. Todos concordaram.
O lobo aproximou-se da porta:
- Voltaremos a ver-nos em breve. Obrigadoooo!!!
E todo o grupo bateu palmas.
- Até breve!!!
 
 
Os Aventureiros (pseudónimo)
 
 
Joana Mendes , 3º ano, Centro Escolar de Fonte Coberta
- categoria 1º Ciclo
 
Havia uma Aldeia distante nas terras de Cinfães. Nessa aldeia vivia uma menina que costumava brincar com os seus animais, a Cuca e a Preta. Corriam pelos campos, quando estavam floridos e também quando a sua aldeia estava coberta de neve. Brincava com eles atirando-lhes bolas de neve. Eles saltavam de um lado para o outro para fugirem daquela neve fria.
Uma das coisas que ela adorava fazer era ler livros. Ao lê-los podia ser tudo o que a sua imaginação queria. Às vezes era uma princesa, outras vezes era uma fada, ou outra coisa qualquer.
Um dia numa visita de estudo, o professor levou a turma à Biblioteca Manuel Caetano de Oliveira. A Leonor, este era o nome da menina da história, nunca tinha visto tantos livros juntos. A menina estava encantada. Olhou para todas as prateleiras e lá no meio viu um livro pequenino que parecia estar a brilhar para si. Chamou duas amigas, a Ana e a Madalena, e foram para um cantinho ler.
Quando abriram o livro, descobriram dentro dele um mapa do tesouro. Esse mapa indicava uma passagem secreta. Pensavam que era um jogo e seguiram as indicações.
O itinerário levou-as até junto de uma estante. Obedecendo rigorosamente às indicações, tiraram os livros que o mapa indicava e como que por magia encontraram umas escadas. Desceram cuidadosamente as escadas e foram ter a um túnel com tochas acesas que lhes indicavam o caminho. Parecia que estavam num dos filmes que elas costumavam ver.
Depois de caminharem algum tempo depararam-se com umas escadinhas que as conduziram ao interior do tronco de uma arvore. Saíram desse tronco e ficaram admiradas, pois no exterior dessa planta, encontrava-se uma ilha no meio de dois rios. Era a Ilha dos Amores.
 No mapa dizia para darem cinco passos para a direita, vinte para a frente, um para trás e a seguir, como em todos os mapas, onde estava o “X”, dizia para escavarem. Elas escavaram com as suas mãos e encontraram uma caixinha que brilhava tanto que até fez aparecer um arco iris no Céu e dentro dela estava uma receita secreta de rebuçados, que uma fada deixou para um dia ser encontrada.
Eram uns rebuçados que quem os comesse, ficava uma pessoa mais alegre, simpática e de bom coração.
As amigas ficaram muito contentes com mais esta descoberta e conversaram para decidirem se deviam contar às outras pessoas ou guardar este segredo só para elas.
Foi então que a Leonor disse:
- Esta aventura está a ser tão fixe que não a podemos esconder do nosso professor e além disso, os adultos andam sempre tão preocupados, tristes e cansados, que esta receita pode tornar o mundo melhor.
Voltaram para a biblioteca e contaram ao professor a sua aventura. Foi então que perceberam que além de descobrirem o segredo dos rebuçados mágicos, também tinham descoberto o que as pessoas destas terras pensavam que era uma lenda - “O Túnel que ia ter à Ilha do Amores”
Vitória… Vitória, acabou-se a história…
 
Leonor Pereira (pseudónimo)

PARABÉNS!

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